Avaliação Dilma: Porto Alegre, Pelotas, Caxias do Sul e Canoas.

A menos de um ano das eleições municipais de 2016, o Correio do Povo em parceria com o Instituto Methodus, publica três pesquisas de avaliação da administração pública nos quatro maiores colégios eleitorais do Estado: Porto Alegre, Caxias do Sul, Pelotas e Canoas. Juntos, esses municípios totalizam 1.920.979 eleitores, de um total de 8.392.033 do Rio Grande do Sul, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral.

Foram avaliadas a imagem e a aprovação da presidente Dilma Rousseff e do governador José Ivo Sartori, assim como das prefeituras municipais em cada uma das quatro maiores cidades do Rio Grande do Sul. Nessas quatro cidades, o resultado da pesquisa indica que a presidente Dilma Rousseff não seria um bom cabo eleitoral para um candidato a prefeito, se a eleição fosse realizada nas mesmas condições de hoje. 

Nos quatro municípios, o seu governo registrou imagem negativa, e o desempenho da presidente foi reprovado. A imagem positiva da presidente, representada pela soma do bom e ótimo, registrou 8,8% na média das quatro maiores cidades do Rio Grande do Sul.

O índice regular ficou em 18,9%, e o ruim e péssimo somou 72,2%. Caxias do Sul foi a cidade em que o governo da presidente obteve o índice negativo mais alto: 78% de ruim e péssimo. A avaliação positiva mais alta do governo foi registrada na Capital: 12,5% de ótimo e bom. Porto Alegre é também a cidade em que Dilma tem a maior aprovação para o seu desempenho como presidente da República, 18,8%. 

Em Pelotas, a presidente registrou 15,8% de aprovação, em Canoas 15,4%. Em Caxias do Sul esse índice foi o mais baixo, 13,8%. O índice de eleitores que não aprova o desempenho pessoal da presidente foi de 81,2% em Porto Alegre, 84,2% em Pelotas, 84,6% em Canoas e 86,2% em Caxias do Sul.

A nota média, calculada num intervalo entre 1 e 10, do governo da presidente Dilma, foi de 2,6 em Caxias do Sul; 3,1 em Canoas; 3,2 em Pelotas e 3,3 em Porto Alegre.

Segundo o diretor do Instituto Methodus, Jefferson Jaques, o alto desgaste da presidente atinge inclusive a parcela do eleitorado mais pobre, que foi durante os últimos anos a grande base de apoio dos governos Lula e Dilma. “Em Porto Alegre, por exemplo, o governo federal tem 80% de ruim ou péssimo entre os eleitores com renda familiar até R$ 1.576,00.” 
Para Jaques, isso é um sinal de que “além da crise política, a crise econômica está sendo sentida por toda a sociedade e corrói fortemente a popularidade do governo federal. Não é uma crise de imagem restrita à classe media. É um fenômeno generalizado”.






Matéria publicada no Jornal Correio do Povo em 06/10/15.

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