Pesquisa Eleitoral - Prefeitura de Porto Alegre - Setembro 2015
O Instituto Methodus divulgou, nesta segunda 21/09, em parceria com a Band RS os resultados de uma pesquisa eleitoral realizada na cidade de Porto Alegre. Confira abaixo a análise da cientista política Fernanda Barth e o pdf com a pesquisa completa.
Porto Alegre tem vivido desde o ciclo petista na prefeitura (1988-2004) eleições polarizadas. Com a eleição de Fogaça em 2004 a tônica da campanha foi qual o candidato que teria mais chances/força para ganhar a eleição e encerrar o ciclo de 16 anos do PT em Porto Alegre. Com o desgaste do PT no cenário nacional, que acaba contaminando o cenário geral, teremos claros reflexos na eleição de 2016. O partido que chegou a ter 53,71% em um primeiro turno em Porto Alegre, com a candidatura de Raul Pont em 1996 (cujo vice era Fortunati), vem decaindo na intenção de voto no município, tendo feito 22,73% com a candidatura de Maria do Rosário em 2008 e 9,64% com a de Adão Vilaverde em 2012. Por outro lado as candidaturas do PSOL, com Luciana Genro e do PCdoB, com Manuela d´Ávila, vem crescendo sobre os eleitores de esquerda.
Porto Alegre tem vivido desde o ciclo petista na prefeitura (1988-2004) eleições polarizadas. Com a eleição de Fogaça em 2004 a tônica da campanha foi qual o candidato que teria mais chances/força para ganhar a eleição e encerrar o ciclo de 16 anos do PT em Porto Alegre. Com o desgaste do PT no cenário nacional, que acaba contaminando o cenário geral, teremos claros reflexos na eleição de 2016. O partido que chegou a ter 53,71% em um primeiro turno em Porto Alegre, com a candidatura de Raul Pont em 1996 (cujo vice era Fortunati), vem decaindo na intenção de voto no município, tendo feito 22,73% com a candidatura de Maria do Rosário em 2008 e 9,64% com a de Adão Vilaverde em 2012. Por outro lado as candidaturas do PSOL, com Luciana Genro e do PCdoB, com Manuela d´Ávila, vem crescendo sobre os eleitores de esquerda.
Já podemos ver a queda na
intenção de votos no Partido dos Trabalhadores na espontânea, onde o primeiro
nome citado é o de Olívio Dutra com 2,3%, e na estimulada, onde o nome do deputado
federal petista Henrique Fontana foi
testado fazendo apenas entre 9,2% e 9,5% das intenções de votos. Podemos
perceber a migração dos votos que seriam para o PT para outras candidaturas de
esquerda, como a de Manuela d´Ávila e Luciana Genro, que aparecem em todos os
cenários testados em empate técnico. Se
o PT não tiver candidatura, podemos ver em 2016 uma disputa entre a esquerda
dilmista, representada pela candidatura de Manuela d´Ávila (PCdoB), que é de um
partido da base aliada do governo Federal, contra a esquerda mais crítica ao
governo Dilma, representada por Luciana Genro (PSOL) na disputa pela
preferência do eleitorado de esquerda.
Em relação ao desempenho da
prefeitura, que reflete diretamente no desejo de mudança ou de continuidade por
parte dos eleitores, podemos presumir que existe um desejo latente de mudança,
refletido nos baixos índices de intenção de voto apresentados para o
pré-candidato Sebastião Melo (PMDB), possível sucessor de Fortunati.
Na primeira estimulada ele
apresenta apenas 9,8% de intenção de voto, aparecendo em quarto lugar. Na
segunda estimulada, quando é retirado o nome de Manuela d´Ávila, cresce a
candidatura de Luciana e do próprio Melo, mas ainda é um índice muito baixo
para uma sucessão (13.3%). Melo vai crescendo nas pesquisas estimuladas quanto
menos candidatos são apresentados, agregando as forças. No terceiro cenário de
primeiro turno, ele chega a 17,3%, em terceiro lugar, atrás de Manuela e
Luciana, mas todos os três dentro da margem de erro de em empate técnico. O
candidato só atinge índices melhores em simulações de segundo turno, quando
agrega todas as forças contra a esquerda, mas mesmo assim hoje perderia para
todos os candidatos. Ele alcança 31,1% contra Manuela, que faz 39,8% e 30,8%
contra Luciana Genro que também ganharia com 38,3%.
Isto pode sinalizar o fim do
ciclo Fogaça/Fortunati ou talvez seja apenas uma questão de comunicação (ou
falta dela), que pode ser corrigida ali adiante, dando maior visibilidade ao
que o governo realizou, fazendo o candidato da continuidade vencer. Não podemos
ignorar que contra o governo hoje pesam fatores como a demora na entrega das
obras da Copa e do início das obras de revitalização do Caís, que passa por
nova etapa de dificuldades.
Mas devemos atentar para o fato
de que o vice-prefeito Sebastião Melo tem potencial de crescimento, apesar do
baixo índice apresentado nas pesquisas por ele, nas estimuladas (9,8%; 13,3%;
17,3%; 14,2%), e pelo prefeito (5,5%), na espontânea. Ter “a máquina na mão” é,
e sempre será, um grande diferencial competitivo. Ainda mais com a nova regra
que impôs o fim do financiamento empresarial privado para as campanhas, o que
deve trazer bastante dificuldade para a maioria dos outros candidatos. Portanto
as cartas estão recém sendo apresentadas no jogo.
Em relação a outras candidaturas
que possa entrar nesta disputa onde aparentemente apenas as candidaturas de
esquerda estão consolidadas, e os outros nomes estão bastante dispersos, sendo
que o eleitor ainda não visualiza quem são os possíveis candidatos, com 72,5%
dos eleitores dizendo ainda não sabe citar um nome para a eleição do ano que
vem na pesquisa espontânea.
Outra grande surpresa foi o
resultado da apresentação do nome do ex-senador Zambiasi (PTB) no cenário quatro,
trazendo um equilíbrio na disputa entre Luciana e Manuela, jogando Melo para o
quarto lugar e empatando o jogo entre os quatro, dentro da margem de erro. O
diferencial de Zambiasi é que ele aparece hoje como o único candidato com bom
desempenho, entre os possíveis candidatos de partidos que integram a base
aliada de Fortunati, sem contar a baixíssima rejeição que ele tem (0,9%). Na
terceira simulação de segundo turno ele inclusive ganharia de Sebastião Melo, com
Zambiasi fazendo 43,8% contra 23,3% de Sebastião Melo. Neste cenário 23,3% dos eleitores
votariam branco e nulo, e 9,5% não saberiam em quem votar.
Em simulações mais ideológicas
foram testados os nomes do senador Lasier Martins (PDT) e de Marcel van Hattem
(PP) para ver o efeito. No embate de Lasier contra Manuela o resultado fica 27,9%
contra 36,2% da candidata do partido comunista. Neste cenário 26,1% votariam
branco ou nulo e 9,8% não saberiam em quem votar. No embate entre Marcel e Luciana,
o resultado fica 9,5% para o candidato com discurso liberal contra 41,8% contra
a socialista Luciana Genro (PSOL). Neste
cenário 30,8% votariam branco ou nulo e 17,9% afirmam não saber em quem votar.
Confira a pesquisa completa em: http://goo.gl/wlhgLl
Confira a pesquisa completa em: http://goo.gl/wlhgLl
Análise realizada por Fernanda Barth - consultora de Inteligência Política e Comunicação Estratégica.
Responsável Técnica pela pesquisa: Socióloga Lisiane Píffero Camargo.
Sou mais João Carlos Rodrigues do PMN 33, chega desses pilantras de plantão...
ResponderExcluirPesquisa tendenciosa, pois não consta o nome do PMN RS João Carlos Rodrigues, quando fui entrevistado m disseram que ele não era, pura mentira sei que ele é ....
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